sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Como é bom ler!

Nos meus seis anos, ganhei um livro do meu pai.  Era de autoria de Maria Clara Machado, com o título "Por quê?".  Um livro muito interessante pra mim naquela idade, pois fazia perguntas e ilustrava com desenhos e respostas curtas. Eu vivia com aquele livro pra baixo e pra cima.  Era gostoso saber o porquê de tantas coisas e olhar para aqueles desenhos coloridos.
Meu pai possuía uma estante enorme e duas menores, repletas de livros.  À noite, sentava-se e lia por horas.  Naquelas estantes havia todo o tipo de livros, enciclopédias, coleções de histórias infantis; livros de filosofia; história do Brasil e do mundo; culinária; português; inglês, etc.  Vê-lo lendo era uma coisa normal e corriqueira para mim.  Eu o imitava, sempre retirava um livro de uma das coleções, lembro-me agora da "Conhecer", e procurava ler os assuntos que mais me agradávam.  Como eu era criança, as figuras em torno do assunto, era o que me chamava a atenção.
Com certeza, o hábito do meu pai, foi exemplo para nós!
Havia também as publicações semanais.  Ele era assinante da Revista Time,  guardando pilhas delas em nosso porão.  Foi justamente nessa revista, que conheci as Belas Artes.  Na útima capa, quase sempre vinha um anúncio de diamantes holandeses, ilustrados com uma obra de Rembrandt.  Mais tarde, no colegial, eu recortava essas gravuras e fazia uma colagem, encapando meus cadernos.  Não havia quem não ficasse de boca aberta, com aquelas pinturas.  Meus cadernos e livros ficavam diferentes e bonitos.Eu adorava!  Não será exagero dizer que todos adoravam também!
Mas voltando ao primário, fundamental hoje.  Lembro-me de um livro em especial que marcou minha vida.  "Reinações de Narizinho".  Foi no terceiro ano do "primário", que tive esse contato com a obra de Monteiro Lobato.  Eu e a minha imaginação voamos alto, nas páginas daquele livro.  Descobri um mundo maravilhoso!  Até hoje posso sentir a felicidade que tinha ao folheá-lo. Aquele livro foi emocionante!
Mais tarde, na adolescência, fiquei sócia do "Círculo do Livro", que hoje não existe mais.  Todos os meses, eu lia cinco ou seis livros que encomendava.  Mais tarde ainda, na  faculdade de Pedagogia, começei minha biblioteca particular.  Esta continua comigo até hoje, após muitos anos.  Mesmo tendo a facilidade dos e-books no computador, continuo com o hábito de ler livros de papel.  Gosto de comprar livros!  Escolher o assunto, olhar o visual da capa, sentir o cheirinho de novo.  Algumas vezes compro-os pela internet, quando o tempo é curto para ir à livraria.  
Coisa boa é sentar numa poltrona macia, pegar seu livro e viajar com a imaginação.  Não há horizonte que fique pequeno!
Foto:
Peregrina Cultural

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